Impulsionando o agronegócio em 2024: O Papel fundamental do crédito e investimento

Com o Brasil marcando presença expressiva nas exportações agrícolas, alcançando US$ 339 bilhões, a eficiência, sustentabilidade e inovação tecnológica no setor se tornam ainda mais vitais. A democratização e facilitação do acesso ao crédito emergem como elementos chave para impulsionar investimentos em pesquisa e inovações tecnológicas essenciais para o campo.

 

O salto do Brasil de importador para um dos gigantes exportadores globais de alimentos em apenas quatro décadas é notável. Com um superávit comercial de US$ 98,8 bilhões em 2023 – o mais alto desde 1989 –, o país demonstra sua capacidade agrícola. No entanto, a jornada rumo à profissionalização do setor agrário, abraçando plenamente a gestão, sustentabilidade e tecnologia, ainda requer avanços significativos, especialmente no que tange à facilitação do acesso ao crédito.

 

O vínculo entre o crescimento do agronegócio e a crescente demanda por recursos financeiros é inegável. O crédito se faz essencial, não apenas para a manutenção da produção, mas também para viabilizar expansões, aquisições de maquinários e tecnologias avançadas, e melhorias em armazenamento, entre outros.

 

Perspectivas e desafios para o crédito em 2024

O ano de 2023 foi marcado por adversidades econômicas que restringiram os orçamentos, especialmente em programas oficiais de crédito, resultando em períodos de suspensão desses auxílios. Nesse contexto, o mercado privado surgiu como um apoio fundamental para os produtores, com um aumento expressivo nos investimentos por meio dos Fiagros e um crescimento substancial nas emissões de CPR.

 

Esse cenário evidencia a sinergia bem-sucedida entre o agronegócio e o setor financeiro privado, uma parceria que promete se fortalecer ainda mais em 2024. Com a expectativa da taxa Selic estabilizar-se em torno de 9%, busca-se por créditos com taxas de juros mais atrativas para fomentar ainda mais o setor.

 

A realidade, no entanto, apresenta desafios. As oscilações fiscais e monetárias podem colocar em xeque políticas agrícolas essenciais. Embora o último plano safra tenha apresentado taxas de juros subsidiadas entre 7% e 12,5%, o orçamento disponível parece insuficiente diante da magnitude do agronegócio brasileiro. Diante disso, produtores buscam alternativas de financiamento que se alinhem às suas necessidades e margens operacionais.

 

O Futuro promissor do agro

Com o crédito rural desempenhando um papel crucial no desenvolvimento agrícola do Brasil, programas governamentais têm sido implementados para apoiar o setor. Investimentos em tecnologia têm permitido não apenas um aumento na produção, mas também uma melhor gestão de práticas e recursos, culminando em uma agricultura mais produtiva e eficiente.

 

Apesar dos avanços, o acesso ao capital ainda representa um obstáculo para a expansão e sucesso contínuos do agronegócio. A necessidade de mais investimentos é clara, especialmente considerando o papel fundamental do Brasil na segurança alimentar global. Com a tecnologia e gestão adequadas, o setor agrícola brasileiro tem tudo para superar esses desafios e continuar sua trajetória de crescimento e contribuição significativa para a economia global.